Uma hermenêutica das conversações interiores: a noção de sujeito em Margaret Archer e em Hans-George Gadamer
Resumo
O presente trabalho consiste em uma reflexão sobre a ontolo- gia do sujeito implícita à teoria da agência de Margaret Archer. Com base nas vertentes mais individualistas do pragmatismo, Archer apropria-se da noção de conversações interiores a fim de destacar o caráter reflexivo e privado do self, revelando uma concepção de sujeito hiperreflexivo e autocentrado. A herme- nêutica de Gadamer é apresentada como uma alternativa a esta ontologia. Argumento que sua teoria da interpretação repousa sobre uma concepção dialógica de sujeito cujas conversações interiores sublinham a centralidade das práticas na construção da subjetividade. Ao estabelecer que a (auto)compreensão de- pende de um encontro com a diferença e a alteridade, Gadamer, ao mesmo tempo que nega a autotransparência e o fechamento do sujeito, abre a possibilidade de (auto)consciência e reflexi- vidade na agência humana.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.20336/rbs.76
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